terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Carpas no Rio Mira

Boas Amigos,

Hoje pude desfrutar desta captura de um pescador. Pena a qualidade do vídeo.

Um forte abraço a todos,

Votos de um Feliz Natal e um prospero ano novo. Que 2016 venha cheio de boas aventuras.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Proibição de apanha de mexilhão e ostras no Rio Mira

Caros amigos,


Deixo aqui o PDF do IPMA onde se podem consultar as proibições da apanha de bivalves em vigor.

No que me diz respeito, é preocupante. Resta descobrir a fonte da contaminação.

Um bem haja,

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Saudades disto...

Caríssimos,

No ultimo sábado como não ouve caça, deu para ir molhar uns artificiais no Mira. De manhã passei pelo cais e encontrei um Sr., de idade avançada que me conta o seguinte:
 
"Em todos estes anos que tenho, nunca tinha visto um robalo tão grande como o que vi na semana passada. Estava a dar porrada junto das canas. Pensei que seriam os patos, mas depois passou perto de mim, quase aos meus pés. Tinha uma cabeça maior que a minha."
 
Com um relato destes, o bicho aumentou ainda mais. Depois de ir lavar o meu carro, lá pelo meio dia, com a maré completamente escorrida, resolvi ir buscar a cana a casa e ir tentar a minha sorte. Avistei alguns pequenos exemplares, e quando menos esperava, lá enganei este já com a maré a encher e com as águas bem turvas.
 
Hoje mesmo ainda observei alguns exemplares no mesmo sitio, já com as águas mais claras. Espero que amanhã ainda por lá andem, pois já está tudo preparado para ir atacar em força :)
 
Grande abraço a todos,

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Momentos Cinegéticos

Boas amigos,

Apesar de o mar ter dado excelentes condições na passada semana, à minha pessoa os robalos é "uma cena que não me assiste". Tenho insistido bastante, contudo não tenho tido a "sorte" de dar com eles. Parece que eu vou para um lado e eles seguem o caminho oposto eheheheh Mas uma coisa é certa, que enquanto puder e o mar deixar lá irei eu sempre de boa disposição tentar a minha sorte.
 
E na falta de peixes compridos, há também a possibilidade de ir tentar uns lances cinegéticos. Este fim de semana correu "maravilhásticamente" bem... O resultado do fim de semana foram duas lebres, uma perdiz e uma codorniz.
 
No sábado fui tentar a minha sorte com os amigos da Longueira. Ficou decido irmos para as encostas adjacentes ao Rio Mira, nas Gomes-Anes. O terreno é difícil... Encostas ingremes, mato denso embora recentemente tenha algumas áreas mais limpas devido ao corte do pinheiro. O dia era chuvoso, nunca parou de chover, embora que fosse com uma intensidade baixa as "pingas" eram bem gradas. Cedo demos com as perdizes mas também nunca mais se avistaram. Um pouco mais à frente, onde íamos três companheiros juntos para passar ao portão o Manuel diz que ali era um sitio jeitoso para estar uma lebre... E segundos depois ai vai ela à frente do cão (setter) do meu avô sem nunca dar hipótese de realizar qualquer tiro por força da segurança do animal. Esta ficou por lá para mais tarde dar uma alegria a outro companheiro. Mais a frente são avistadas e atiradas as perdizes sem existir quaisquer cobranças. Eu, por força do rumo que tomava ia caçando mais acima dos restantes companheiros. Ia caçando por entre estevas e sobreiros novos. Os cães andavam no rasto de algo... Até que, furtivamente, ai vinha uma lebre... Certamente que pressentiu os cães andarem no seu encalço e veio para trás, para fugir aos animais. Á passagem do aceiro, tiro certeiro, embora atrasado, nas traseiras do bicho. Parti-lhe as duas patas de trás! Animal cobrado pelo meu fiel amigo de seu no Isaac de MirAlgarve. Ainda avistei as perdizes novamente, mas estas foram para uma zona que não era para ser caçada desta vez! Ficam para a próxima. Já era tarde e estava na hora de regressar aos carros.
 
No domingo foi dia de voltar à ZCA de onde sou associado. Terrenos completamente diferentes de onde estava habituado a caçar. A planície alentejana é completamente diferente da maioria das zonas do Concelho de Odemira, onde a serra prevalece. O dia estava fantástico. Fresco e sem chuva. Nesta jornada apenas me acompanhou o meu Iro (Isaac de MirAlgarve). Começa-mos a caçar num projecto de sobreiros, recentemente debastados. Havia por lá uns coelhos, tendencialmente amalhados debaixo da lenha caída. Avistaram-se alguns, morreram poucos. A minha parte consegui cobrar uma perdiz que vinha levantada à frente dos meus companheiros. Um bonito tiro e uma excelente cobrança do Iro... Mais tarde, já numa zona aberta, de pastoreio, uma paragem do Iro. Ficou imóvel. Pensei que devido ao pasto existente, denso e alto, que seria provavelmente uma codorniz. E não me enganei. Animal levantado e ao segundo tiro lá consegui acertar no pássaro. Prontamente o Iro correu ao local onde a codorniz caiu e efectuou o cobro da peça de caça, trazendo-a junto de mim. Mais tarde, num outro local, misturado entre uma lavoira recente e um pasto velho, salta-me uma lebre. A velhaca estava bem amassada. Apenas se levantou pois estava a repreender o Iro por estar um pouco longe de mim. Ao segundo tiro, acerto-lhe e prontamente o Iro ocorre ao local cobrando a peça de caça abatida trazendo-a até mim. Até aqui estava a correr às mil maravilhas. Cinco peças atiradas ( duas perdizes, uma lebre um coelho e uma codorniz) três cobradas. Mais tarde, num projecto de sobreiros, onde há um efectivo de perdizes acima da média, correu quase tudo mal. Quase tudo porque apesar das cinco perdizes que errei como um verdadeiro "podão", ninguém se aleijou e isso prevalece sobre tudo. Deu para tudo, alguns mataram, todos atiraram e muitos, como eu, erraram a caça levantada.
 
Até breve companheiros,
 
Bons lances a todos, e lembrem-se que a segurança está em primeiro lugar

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Abertura à geral

Caros companheiros,
 
Este ano a abertura às nossas amigas teve lugar no sábado dia 3 de Outubro. O tempo era quente, o terreno estava seco, áspero como alguns de nós dizem... Ainda assim saímos com os nossos amigos para tentar a nossa sorte. O resultado foi mau para os caçadores, apenas uma única perdiz cobrada. Avistámos bem muitas mas para quem sabe o que significa caçar na serra, podem imaginar o que se terá passado. As velhacas ouviam-nos a milhas, levantando bem longe! Avistámos 3 bandos, cerca de 50 perdizes e apenas um companheiro foi feliz. Encontrou uma sozinha que conseguiu engana-la.

Dia 10 de Outubro

Fui acompanhar os amigos da zona litoral alentejana. Tentámos a nossa sorte com as lebres e quiçá tentar umas perdizitas. Ambas as espécies conseguiram furtar-se à nossa arte e aos nossos fiéis amigos. Pelo meio da charneca vi um breton com 4 meses a cobrar duas codornizes de forma magnifica para a sua idade. Aquele fiel amigo de 4 patas vai ter um futuro risonho, felicidade a do seu dono. O tempo estava instável. Ora vinha a chuva miudinha, ora estava um clima perfeito para esta prática. Mais tarde, choveu mesmo a sério! Deu para molhar bem o pelo. Contudo, o caçador é persistente. Os meus dois amigos, iro e faísca, proporcionaram-me lances fantásticos. Fizeram cerca de oito paragens de alto gabarito. Deu gosto ver os animais. Se há caça onde o nosso fiel amigo é rei e senhor esta é uma delas. Apenas posso descrever esta jornada como fantástica.


Dia 11 de Outubro


Foi dia de abertura na ZCA da Cabeça da Serra. Dia de estreia das novas instalações. A azáfama habitual do dia da abertura... Documentos, pequeno almoço em grande (como é hábito nosso). As boas vindas a novos associados e lá vamos nós em direcção ao campo. Desta vez calhou-me as portas. Tendo em conta o que tinha visto nos dias em que ia lá deixar comida e água pensei que iria ser um verdadeiro festival de tiros. Mas mais uma vez elas foram mais espertas que nós furtando-se aos canos das nossas espingardas. Ainda assim consegui uma bela perdiz, que me proporcionou um lindo lance, digno desta espécie com um tiro certeiro, "de bico".

Ainda avistei uma lebre, mas era apenas ao alcance de uma carabina.

Acabada a caçada, fomos ao almoço... Leitão! Bem bom que estava.

Findo o almoço o regresso a casa, com a esperança de dia 25 regressar para mais uma jornada, que independentemente do resultado numérico, seja recheada de boa disposição e amizade.

Meus amigos,

Um bem haja a todos e votos de bons lances cinegéticos.


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Deserto de relatos

Boas caros Amigos,

Conforme o titulo indica, tenho atravessado um verdadeiro deserto de relatos. Digo relatos porque de aventuras não. As investidas ao spinning têm sido algumas embora não tenha sequer uma escama que se safasse para relatar... Já as aventuras cinegéticas, apesar do deserto literário, tem havido algumas saídas ainda que não haja relatos documentados nem fotográficos.
Deixo-vos uma pequena gota das ultimas aventuras...

 

Lua do mês de Setembro

Durante o mês de Setembro matutei na minha cabeça 1001 estratégias para tentar enganar uns porquitos que andavam passeando "indevidamente" por esses montes e corgos. Montei cevadoiros, tratei-os como verdadeiros lordes, onde a comida servida era de alto gabarito, elaborada pelo Mestre Alfredo (Sr. meu avô), onde a ementa era baseada no tão adorado milho (que ficava de molho 2 a 3 dias). Em pleno período de lua, após ensinamentos de diversos colegas de profissão, montei a minha estratégia final. No primeiro dia eram 09:15 quando entraram os primeiros porcos. Andaram mais de meia hora à minha frente, sempre desconfiados, até que por impulso lá acendi a minha lente, pensando eu, que eles estavam mais perto. Enganei-me e eles lá seguiram a sua vida. Dias mais tarde, cheguei ainda de dia, com estratégia diferente (pretendia esperar os animais na sua passagem), ouvi-os assim que cheguei... Faziam, lá bem longe, um verdadeiro cagaçal a descer pelo meio do mato. Passaram por mim já de noite, fazendo barulho na vedação e não mais deram rumor de sua vida. Dois dias depois, pensei... Hoje não me lixam, vou ainda com o sol bem alto. Combinei com o meu eterno parceiro destas aventuras, o meu avô, abalar ainda antes das 19 horas. Chegados ao local, o meu avô ficou no sitio por ele escolhido e eu fui para o meu... Como ainda estava a espera de uns companheiros, resolvi ir ver se os animais tinham passado lá na noite anterior. Quando lá cheguei à referida passagem dos chamados "trinca-bolotas" começo a ouvir um barulho esquisito, no fundo da vaga de onde nunca esperava ouvir tal barulho. Pensei por momentos estar a confundir com um barulho distante de uns postes de alta tensão... Mais afincadamente confirmei o que pensava que era... Os animais já ai vinham... Eram 19:10, marcadas no meu relógio. Ai vinham eles, em plena luz do dia, devagarinho subindo o corgo pelo meio da vaga. Eram 3 porquitos. Pelo caminho que levavam pensei: hoje tenho que arranjar um petisco para a malta. Embora sabendo que o tiro era um pouco longe para os meus olhos, resolvi atirar na mesma. 1º tiro errado. Eles fogem e ai vou eu no meu jogging do final de tarde, atrás de uma suicida que veio para o meu lado, serro abaixo até que por força da minha preparação física (onde tive que descansar mais de meia hora depois desta corrida) lá consegui o dito petisco. Voltei para cima, com o leitãozinho às costas, então e não é que quase a chegar ao carro, não vinha um belo de um animal, quiçá o tio-avô do que trazia às costas passeando calmamente pelo aceiro com o seu guarda-vigia bem mais pequeno? O sacana ouviu-me, fugiu e parou bem no bico do serro (para eu vê-lo bem e admirar o seu porte magnifico) e depois ficou com a história para contar aos seus amigos de que um verdadeiro marteleiro o tinha feito ouvir um barulho esquisito... Enfim!

Até ao final do período de lua cheia, ainda houve uma noite em que a lua "era como um sol", tal não era a claridade que se via... Combinei com o pessoal, tu ficas aqui eu acolá que eles vêm daqui e assim nós conseguimos vê-los ao bem feito, como se costuma dizer! 20:30 e não faltaram ao encontro, apenas faltaram ao local... Passaram um pouco mais abaixo, não nos dando qualquer hipótese d'os mirar! Aguentámos mais um pouco... Eram cerca das 22:30 quando começo a ouvir  já bem perto aquele barulho que nos faz tremer as mãos e fazer com que o nosso coração queira fugir do peito a 1000 Km/h... Ora que os ouvia por dentro de um matinho onde era percetível os seus passos por cima das folhas secas... Ora os ouvi ligeiramente mais distantes... E eu a pensar: "o meu companheiro já os ouviu, já está de arma em punho a espera que eles assomem do mato... " Eu, com a minha preguiça, estava deitado, imóvel, à espera de ver aquele vulto característico de um animal de belo porte... Quando... Oiço um barulho ligeiro e rodei levemente a cabeça para a direita para me tentar aperceber do que era... Eram eles, que se aperceberam da minha presença e abalaram todos chateados por não os deixar estar tranquilos! Mais uma noite que foi da caça!
No ultimo dia da lua ainda compareceram, os mesmos três animais, no mesmo sitio... Mas o destino foi o mesmo. Vim para casa, de mãos a abanar de animais, mas de histórias... Foram 10 noites onde histórias ficarão para sempre marcadas na minha memória!
 
Infelizmente não há imagens fotográficas. Quem sabe se de uma próxima não haverá repórter fotográfico.

Um bem haja amigos,

 

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Abertura 2015/2016

Boas companheiros,
 
Estes últimos dias foram variados. A abertura da caça para esta época venatória correu melhor que o esperado. Consegui cobrar uma rola-brava e um belo pombo torcaz.
Já em termos de peixe, este aparenta estar de costas voltadas à minha pessoa.
 
Deixo convosco três pequenas fotos :)
 
Um bem haja a todos



segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Momentos cinegéticos

Camuflagem no ninho
Boas pessoal,
 
As ultimas saídas  ao spinning não têm sido nada produtivas ultimamente, quer em termos quantitativos quer em qualitativos. Melhores tempos virão certamente.
 
O que me leva a deixar aqui umas palavras é o facto de se aproximar a abertura da caça, nomeadamente Rola-Comum, Pombos e patos.
 
 
Desejo óptimos lances e boas jornadas a todos.


O meu maior exemplar nocturno




Talvez o maior exemplar que já vi em montaria









segunda-feira, 22 de junho de 2015

quarta-feira, 17 de junho de 2015

20-06 MEGA ENCONTRO SPINNING SPINN MASTER TEAM & POWER FISHING

Boas Companheiros,


Vai ser realizado já no próximo fim de semana dia 20 de Junho mais uma edição do MEGA ENCONTRO DE SPINNING, iniciativa da SPINN MASTER TEAM em parceria com a POWER FISHING.
Particularmente não vou poder comparecer neste mega evento, contudo faço votos de que corra tudo pelo melhor e que haja uma maior adesão em relação ao ano passado.
 
Fica aqui a informação de Cartaz e podem obter mais informações através do site www.spinnmasterteam.com/
 
Um bem haja a todos e divirtam-se

 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

@ Barragem de Santa Clara


Boas Companheiros,


Com a chegada das férias, este ano resolvi tentar uma experiência diferente aqui á "porta de casa". Como o próprio titulo do artigo indica, esta foi uma aventura pela Barragem de Santa Clara com os bons amigos David e Joaquim Zé da basscatchinsantaclara. O que posso dizer sobre este dia... É espectacular. Para quem gosta de pesca, um dia já é bom, com boa companhia ainda melhor e com excelente envolvência (passeio, paisagem e peixe à mistura) que nos foi proprocionado pelo amigo Joaquim Zé, apenas digo fantástico... 

Fica na memória o excelente dia passado e 4 peixes bons, sendo o exemplar do dia capturado pelo amigo Joaquim Zé, conforme mostram as fotos.  

Visitem a página do nosso amigo Joaquim Zé, a Bass Catch in Santa Clara onde tem no seu sitio da Internet todas as informações disponíveis acerca dos pacotes turísticos disponíveis para passeios e pesca na Barragem de Santa Clara.
 
Um bem haja a todos e um enorme obrigado ao Joaquim Zé e à Bass Catch in Santa Clara.









terça-feira, 5 de maio de 2015

Noticia CM - Esterilização de Javalis


Boas caros amigos,
 
Li esta  noticia sobre o controlo de população de Javalis na Serra da Arrábida, a qual digo já, que acho um completo absurdo e louvo a quem se lembrou de tal.
Acho que está na hora de começarem a abrir o olhos para outras formas de controlo de densidades e de estar perante estas situações.
 
Aguardo as vossas opiniões.
 
Abraço a todos







segunda-feira, 4 de maio de 2015

Ainda há boas pessoas

Caros companheiros,
 
Na passada semana houve direito a gozar um dia de férias e por consequência aproveitar as boas condições do mar para lançar umas amostras...
Local escolhido e lá vou eu... Chegado ao local pelas 6 da manhã, material ás costas e lá vou eu com a ideia exacta de onde começar. Já por lá andavam 2 companheiros a mergulhar, mas ainda longe do local escolhido. Apesar das boas condições que o local apresentava, o peixe não dava sinal de andar por lá. Opto por ir para sul em busca das areias. Saco as costas e ai vou eu, observando os locais que inicialmente apresentavam muita erva impossibilitando a pesca. Mais a frente encontro um local que me aparentava ter excelentes condições, embora por ali também não andasse nenhum exemplar. Resolvo ir um pouco mais para sul onde encontro um Sr. mariscador que me diz o seguinte "havias de ir ali em cima daquele pião onde eu estava aos «percebos» que ainda à pouco vi ali dois tarolos..." Pelo meio de 5 minutos de conversa, agradeci e ai vou eu até aquele pião de bastante fácil acesso. Ao primeiro lançamento vejo 4 peixes atrás da amostra, nenhum ferra. Escondo-me um pouco, lanço outra vez e já quase no tirar a amostra de dentro de água, eis que vejo o robalo atacar loucamente a amostra ferrado e posto de imediato em seco... Pouco depois a baila, exactamente igual! Como a maré já enchia, resolvi vir para trás para não arriscar passar a nado com a cana na mão... Cá atrás escolho pescar à superfície, onde conseguia chegar facilmente ao sitio onde tinha efectuado as ferragens anteriores e também ao banco de areia. Alguns lançamentos e nisto que vejo um robalo atacar e falhar a amostra. Continuo a trabalhar a amostra de superficie e nisto zááássssss que ele está ferrado :) Peixe em seco. Após mais um pouco a insistir dei por terminada a jornada. Ao chegar ao carro encontro-me com os mergulhadores e que traziam uns belos chocos, polvos, sargos e um belíssimo safio.
 
No dia seguinte fui directo ao local onde tinha efectuado as capturas do dia anterior. Amostra na água e resolvo iniciar na superfície. Aos primeiros lançamentos vejo 2 exemplares de bom porte a seguir a amostra sem nunca darem um sinal de quererem atacar. Pelo meio de algumas capturas de pequeno porte que foram devolvidas à água, e quase todas as amostras experimentadas, eis que com a babuka ferrei o maior exemplar da jornada, que vinha sendo seguido por outro ainda maior :'( bem que lutei por tentar capturar o primo do que já estava em seco, mas infelizmente para mim ele não quis vir comigo.
Á tarde resolvi ir tentar novamente a minha sorte e aproveitar a actividade dos peixes para tentar mais alguma captura. Á chegada ao local, o mar já estava mais forte, mas com excelentes condições. Aos primeiros lançamentos efectuo uma captura. Peixe no saco e continuo a insistir. Perto de mim chegava um companheiro que aproveitou e bem as excelentes condições do mar. Pescava ele com água pela cintura, em cima de um banco de areia onde efectuou 5 capturas, duas delas com boas dimensões! já quase com o sol posto dei por terminada a minha jornada. No dia seguinte ainda lá fui de manhã, mas  com o mar já bem mais forte, com muita erva à deriva tornava-se impossível pescar.
 
Material:
Cana Barros Stout 3 metros 
Carreto Symetre 4000
Multi filamento Power pro 0.19
Artificias diversas  
 
Um bem haja a todos,

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Robalos em Odemira


www.rato-do-mar.blogspot.com
Caros amigos,

Já há muito que gostava de escrever um "artigo" dedicado em exclusivo aos nossos amigos robalos, mas dirigindo a sua pesca exclusivamente a águas salobras/interiores, ou seja, no Rio Mira, especificamente na Zona Ribeirinha de Odemira.

I - Rio Mira  

Google
O Rio Mira nasce na Serra do Caldeirão, a uma altitude de 470 m, e percorre cerca de 145 km até desaguar em Vila Nova de Milfontes. É dos poucos rios da Europa que corre de Sul para Norte, tal como o rio Sado. É navegável desde a foz até um pouco acima de Odemira, embora a partir da zona de Odemira seja impossível navegar de barco na maré vazia devido aos inúmeros bancos de sedimentos que se encontram.  
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Desde que me lembro, tenho assistido a um assoreamento "gigantesco" na zona ribeirinha em Odemira. Onde outrora, neste rio que servia como via de transporte de bens, grandes barcos aportavam no cais (em Odemira), hoje torna-se impossível. Para quem conhece a zona ribeirinha de Odemira, pode verificar à maré vazia duas "ilhas", uma a montante do cais outra a jusante (isto para além das formadas a montante).

As margens do Rio Mira são de difícil acesso. Não falando em acessos viários, podemos dividir a composição das margens em duas metades: 1.º A montante da "Comporta", onde desagua a Ribeira do Vale de Gomes, as margens são compostas na sua maioria por caniços. 2.º A jusante da "Comporta" as margens já são "mais limpas" de caniços, sendo basicamente sapais. De referir que noutros tempos as margens do Rio Mira eram cultivadas na sua maioria pela lavra do arroz.

II - Espécies piscicolas
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Podemos encontrar em quase todo o Mira quase todas as espécies piscicolas marinhas e também algumas mais incomuns, ditas de água doce. Passo a enumerar as mais comummente encontradas: Dourada, Sargo, Safia, Sargo-veado, Charroco, Corvina (sazonal), Salema, Robalo, Vária/Baila, Tainha Salmonete, Linguado, Solha, Enguia, Safio, Carpa e ocasionalmente lá poderemos encontrar o Barbo ou até mesmo o achigã (como eu já vi em Odemira). No passado ano de 2014 já começaram a aparecer os chamados alburnetes/alburnos/abletes. Claro está que algumas espécies não "sobem" tanto o rio quanto outras, sendo que em Odemira o que mais comummente encontramos são as tainhas, robalos, carpas e enguias. Ocasionalmente podemos deparar-nos com a captura de um barbo, dourada, pequenos sargos e safias ou linguado/solha.

III - O robalo e o Mira
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Os robalos são assíduos no Mira todo o ano, embora os seus tamanhos possam variar consoante a época em que estamos, salinidade e comida disponível. Em Odemira, verificamos que a sua presença é periódica. Passo a enumerar os factores mais comuns explicando dentro de cada um o porquê da sua presença/ausência.

1.º Salinidade - O robalo é peixe de água salgada, logo e teoricamente não sobreviverá em águas doces. Quando encontramos a "água doce"? Em épocas de pluviosidade intensa. Nestas alturas, em que chove muito, é difícil encontrar robalos de "grande porte", por Odemira, embora hajam relatos de capturas ocasionais. Embora nestas alturas de chuvas mais intensas que escurecem as águas tornando-as barrentas, por vezes "podemos" realizar grandes quantidades de capturas de juvenis. Ainda por estes dias vi, com as águas barrentas, grandes ataques de pequenos robalos à superficie.

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2.º Comida - Devido ao seu comportamento de predador, será normal encontrá-los em busca da referida. Basicamente os robalos no Mira, nomeadamente em Odemira alimenta-se de pequenos peixes «tainhas/robalos», tainhas «é comum encontra-los junto aos cardumes», camarão «é o preferido do nosso predador, marcam a sua presença mais abundante entre Julho e Setembro onde á noite é comum observar os seus ataques» e crustáceos «os lagostins, pela sua abundância, são os eleitos»

3.º Desova - Os robalos desde sempre gostaram de desovar no Rio Mira, entre os meses de Dezembro e Março (se as águas forem claras) começam a verificar-se avistamentos na Zona Ribeirinha de Odemira. Estes têm por tendência ir desovar perto da Ribeira do Mira, a montante da ponte de Odemira. Nesta altura vemos grandes exemplares aqui na zona, sendo que de vez enquando realizam-se umas belas capturas.
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4.º Temperaturas das águas - Este talvez seja o ponto que eu considero mais importante. Talvez porque quanto mais quentes estão as águas, mais alimento está disponível -principalmente camarão- mais activos estão os robalos.
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5.º Locais - Ao longo da minha vida enquanto pescador tenho apostado em diversos locais em função do tipo de pesca que pratico. Antes de praticar spinning apostava na pesca de fundo, procurando os nossos amigos nos fundões ou então procurava-os junto aos cardumes de tainhas onde pescava à boia. Em ambas as pescas obtive bons resultados, embora na pesca de fundo os exemplares capturados sejam juvenis. Posso dizer que aqui é o meu crescimento pessoal enquanto pescador, pois abandonei esta pesca de fundo pelo facto de serem maioritariamente os robalos juvenis capturados. Hoje em dia apenas me dedico ao spinning procurando exemplares acima da medida.

Os melhores resultados que obtive foram à bóia e principalmente ao spinning. Na técnica de bóia bastava “estar de olho” nas tainhas. Estas juntavam-se me torno dos esgotos que corriam para o rio antes de existirem as obras de requalificação da Vila de Odemira, e quase sempre, assim que os robalos chegavam procuravam esta comida fácil. Cheguei a fazer aproximadamente 20 kg de robalos (exemplares entre as 700 gr e os 2 kg) em dois dias com minhoca do lodo e pescando à bóia nesta altura em que eles aportavam junto das tainhas. Actualmente, uma vez dedicado ao spinning, procuro as ilhas e as margens. Basicamente são ou sítios de passagem ou sítios onde os pequenos peixes e/ou camarão acolhem, sendo de fácil captura para os predadores. No ano de 2013 foi o ano em mais robalos vi no Rio Mira e onde realizei algumas capturas engraçadas ao spinning. Neste ano, os robalos procuravam os pequenos peixes nas margens, sendo frequente ver enormes ataques em cardume. Cheguei a contar 14 exemplares juntos (onde consegui capturar apenas um – aproximadamente 1,5kg) a "bater" as margens. O máximo que capturei nesta altura foram quase 6 kg em 4 exemplares e 2 canas partidas eheheheh 2013 foi sem dúvida o meu melhor ano no Rio Mira com troféus muito bons e o meu maior troféu 6,200 kg.
 
 Espero que gostem da minha opinião sobre os nossos amigos. Mas este "artigo" é apenas isso, a minha opinião. Há sempre quem concorde, quem discorde e quem acrescente mais uns pontos... Portanto meus amigos, estejam abertos a comentar à vontade pois a vossa opinião, os vossos conhecimentos são sempre úteis.
 
 
Um bem haja,